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Mesmo com a pandemia do novo coronavírus e a queda na arrecadação tributária, foi registrado um aumento real de 15,7% nos investimentos do Estado do Paraná em 2020, além de gastos recordes na área de saúde, que chegaram a R$ 6,37 bilhões. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (23/) pelo secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior, em audiência pública na Assembleia Legislativa que se concentrou sobre o cumprimento das metas fiscais do terceiro quadrimestre do ano passado. As informações são da Agência de Notícias do Paraná.

Os gastos com saúde aumentaram sobremaneira em função do combate à Covid-19, chegando a 13% do Orçamento (para um limite mínimo constitucional de 12%). O Estado também empregou os recursos de Doações e do Auxílio Federal destinados à Saúde que não foram computados para o índice, num total de R$ 2,15 bilhões adicionais. Assim, o total executado com a área chegou a R$ 6,37 bilhões. Em 2019 o montante somou R$ 5,2 bilhões.

Em 2020, o Paraná também ultrapassou o percentual constitucional das despesas com Educação, que chegou a 32,7% do total (para um limite mínimo de 30%). Esse montante foi utilizado na sistematização das aulas online, que foram fundamentais para a continuidade do ano letivo, e em infraestrutura escolar.

RECEITAS – As receitas correntes do Paraná fecharam o ano de 2020 com um aumento real de 1,1% – resultado especialmente do crescimento real de 22% nas Transferências Correntes devido a transferências da União aos Estados (LC 173/2020), além da recuperação do consumo no segundo semestre como consequência do auxílio emergencial à população de baixa renda. Estima-se em R$ 13 bilhões injetados na economia paranaense por meio deste benefício, o que impactou positivamente o PIB estadual em 2,3%.

As Receitas Correntes cresceram devido aos recursos provenientes da LC 173/2020. Sem esses recursos, haveria uma queda real de 3,6%. Ou seja, praticamente todo o crescimento da receita corrente é explicado pela transferência da LC 173/2020, que foi de R$ 1,98 bilhão.

Por isso, a ausência de novo pacote de socorro aos estados e as incertezas sobre o novo auxílio emergencial à população tornam o cenário mais nebuloso para 2021. “Isso significa que o momento é de cautela e austeridade”, explicou Garcia Júnior. “Esperamos que, assim como aconteceu em 2020, haja solidariedade dos outros Poderes”.

CAPITAL – A Receita de Capital do Paraná saltou de R$ 382 milhões em 2019 para R$ 2,89 bilhões em 2020 – um crescimento real exponencial, de 619%. O resultado expressivo se dá porque ao longo de 2019 foram negociadas operações de crédito que foram desembolsadas apenas no ano passado.

DESPESAS – Na ponta das despesas, registrou-se um crescimento real de 15,7% nos investimentos, o que foi possível graças aos recursos obtidos com operações de crédito. O valor empenhado somou R$ 3,1 bilhões em 2020 – o que coloca o Paraná como o segundo que mais investiu em 2020, atrás apenas de São Paulo (R$ 8 bilhões).

Já a despesa corrente em 2020 cresceu 0,5% em termos reais. A suspensão das despesas com Juros e Encargos da Dívida proporcionou algum alívio, mas não o suficiente para compensar o aumento nos gastos com custeio (saúde) e de pessoal (aumento da contribuição patronal e insuficiência financeira). Essa suspensão foi de R$ 388 milhões em 2020, o que aumentaria a despesa corrente real em 1,6% em relação a 2019.

RESULTADO PRIMÁRIO – As receitas primárias (que são as receitas correntes menos juros, transferência de capital e de alienação de bens), aumentaram 5,8% em 2020 – princialmente em função aumento das transferências da União, que compensaram a queda da arrecadação de ICMS, novas operações de crédito e doações para combate à Covid-19.

Enquanto isso, as despesas primárias (conjunto de gastos que possibilita a oferta de serviços públicos à sociedade, deduzidas as despesas financeiras, como os gastos com pessoal e custeio) cresceram 8,9% em termos reais, principalmente devido aos gastos na área de saúde e combate à Covid-19.

Assim, o resultado primário teve uma queda de 98%: R$ 20 milhões em 2020 ante R$ 1,1 bilhão em 2019. Caso o Estado tivesse arcado sozinho com os impactos adversos da pandemia, ou seja, sem levar em conta as transferências federais, o déficit primário teria sido de R$ 2,2 bilhões.

ENDIVIDAMENTO – O alívio no pagamento dos encargos da dívida da União fez com que ela subisse 2% entre janeiro e dezembro de 2020. Além disso, outros desembolsos com organismos internacionais também contribuíram para o aumento do saldo total. Contudo, a dívida total caiu, pois o Paraná reduziu seu estoque de precatórios em 27% no período e quitou dois contratos com o Banco do Brasil.

RESTOS A PAGAR – Em 2020 o Governo do Paraná efetuou o maior volume de pagamento de Restos a Pagar em uma década, totalizando R$ 4 bilhões – 36% mais que em 2019. O estoque do Estado para 2021 reduziu em 26,1%, sendo o menor saldo desde 2017. “O pagamento de restos a pagar não só reduz a dívida do Estado, mas aumenta os recursos disponíveis na economia e a confiança dos fornecedores paranaenses”, lembraou Garcia Junior.

FOLHA – A despesa do Estado com pessoal e encargos sociais fechou 2020 em 54,1% da receita corrente líquida – pouco acima do limite de alerta estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (54%).

As doações de outros poderes e a transferência da União referente ao apoio federativo aumentaram a Receita Corrente Líquida, o que terminou por impactar positivamente no índice de gasto com pessoal. Se não houvesse o auxílio da LC 173, o percentual estaria acima do limite prudencial.

Embora o resultado de 2020 deva ser comemorado, é necessário pontuar que estas receitas não se repetirão em 2021. Assim, projeta-se que o indicador fique além do Limite Prudencial este ano.

Confira o Relatório de Gestão Fiscal – 3º quadrimestre de 2020.

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Cenário macroeconômico para 2021 ainda é de muita incerteza

Apesar da esperança gerada com o início da vacinação, as novas ondas de contaminação e nova variante do vírus trazem preocupações para a atividade econômica. O cenário ainda é de elevada incerteza.

A economia global deve crescer 5,5% em 2021. Já para o Brasil, as estimativas são de um crescimento de 3,6% – índice insuficiente para compensar a queda de -4,5% em 2020.

A dívida bruta da União atingiu o maior nível da série história, fechando 2020 em 89,3% do PIB.

Os indicadores de alta frequência mostram que no segundo trimestre de 2020 a atividade econômica teve a pior queda da série histórica. Apesar da recuperação nos meses seguintes, no ano, o resultado foi de queda de 4,1% para o Brasil e crescimento de apenas 0,1% para o Paraná.

A análise setorial confirma a tese de recuperação desigual da atividade econômica. Tanto na esfera nacional quanto Paraná, o setor de serviços foi o mais afetado pela pandemia. Na margem é possível observar uma recuperação das indústrias, mas insuficiente para repor as perdas sofridas pelo momento mais crítico da pandemia

Em 2020 o Governo Federal gastou R$ 33,5 bilhões para preservar o emprego formal. Porém, mesmo com essa medida, a taxa de desemprego chegou aos 14,1% em novembro. Os gastos com auxílio emergencial aos mais vulneráveis chegou a R$ 293,1 bilhões, sendo que deste valor cerca de R$ 13 bilhões foram destinados aos paranaenses.

A Assembleia Legislativa deve votar nesta segunda-feira (27), a Proposta de Emenda à Constituição 1/2020 que viabiliza a concorrência pública para a construção da ponte na baía de Guaratuba.

A PEC é do governador Ratinho Junior e foi assinada e entregue à Assembleia, em março, pelo vice-governador Darci Pianna, no exercício do governo. Teve como relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o deputado Nelson Justus, que é de Guaratuba e agilizou a tramitação.

A emenda altera o artigo 36 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Estadual do Paraná, que buscou assegurar a construção da ponte, mas que acabou engessando a forma de pagamento da obra. A atual redação prevê que a obra seja paga com recursos da cobrança de pedágio durante um prazo de 15 anos. A alteração prevista na PEC, abre a possibilidade de administração pública buscar outras formas de financiamento da obra.

Como é hoje: Art. 36. O Estado promoverá concorrência pública entre firmas nacionais, internacionais ou grupos de empresas, para a construção de uma ponte sobre a baía de Guaratuba, cujo pagamento será feito com a cobrança de pedágio pelo prazo máximo de quinze anos.

A mudança proposta: Art. 36. O Estado promoverá concorrência pública entre empresas nacionais, internacionais ou grupos de empresas para construção de uma ponte sobre a baía de Guaratuba.

Por se tratar de uma emenda à Constituição, é preciso o voto favorável de 3/5 dos deputados para ser aprovada, ou seja, 33 votos favoráveis entre os 54 deputados, em dois turnos de votação.

No Paraná já são 322 municípios em situação emergencial em razão dos efeitos da crise provocada pela pandemia do coronavírus.

Os deputados estaduais aprovaram na sessão remota desta quarta-feira (22) da Assembleia Legislativa do Paraná o projeto de decreto legislativo 20/2020 que declara o estado de calamidade pública para as cidades de Antonina, Boa Esperança, Curiúva, Morretes e São Sebastião da Amoreira. As informações são da Assembleia Legislativa do Paraná.

Com isso, o Paraná tem 322 municípios em situação de emergência em virtude dos efeitos econômicos causados pela pandemia do coronavírus.

A proposta foi aprovada por unanimidade em dois turnos, nas sessões ordinária e extraordinária, e está apta para a promulgação pelo presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB).

O reconhecimento do legislativo serve para dispensa do cumprimento de metas fiscais previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), devendo os procedimentos licitatórios serem respeitados normalmente.

Boletim – Segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde na terça-feira (21), o Paraná tem 56.905 casos e 1.396 mortos em decorrência da doença. São 388 cidades com ao menos um caso confirmado de Covid-19. Em 207 municípios há óbitos pela doença.

Calamidade – O reconhecimento do estado de calamidade pública de um município pela Assembleia Legislativa cumpre o que prevê a Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com os incisos I e II do artigo 65, ficam suspensas as restrições decorrentes de eventual descumprimento aos limites de despesa com pessoal e de dívida consolidada. Da mesma forma, é dispensando o cumprimento de resultados fiscais e a limitação de empenho.

De acordo com o inciso IV do artigo 2º do Decreto federal nº 7.257, de 4 de agosto de 2010, o estado de calamidade pública se caracteriza por “situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido”. Ou seja, a ocorrência de situação fora do comum que exija respostas imediatas do poder público e que comprometem a previsão orçamentária.

Orientações – Para que um município tenha reconhecido o decreto de calamidade pública é preciso fazer a solicitação formal ao Poder Legislativo, com justificativa, e comprovar a publicação em Diário Oficial do decreto municipal. A Assembleia Legislativa do Paraná tem orientado prefeitos e suas equipes, que receberam um manual com informações sobre todos os procedimentos necessários.

A Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira, 15, o projeto de lei do deputado Michele Caputo (PSDB) que concede a utilidade do Instituto Santa Pelizzari, com sede na cidade de Palmas. Com o reconhecimento, está apto a fazer convênios e receber recursos estaduais para manutenção e serviços prestados pelo Hospital Santa Pelizzari.

O projeto de lei segue agora para sanção do governador Ratinho Junior.

“O instituto é o gestor da Hospital Santa Pelizzari, referência no atendimento em saúde na cidade de Palmas e região. Presta serviços em 25 especialidades médicas, além do plantão 24 horas. Esse reconhecimento garante condições para novos convênios que podem ampliar os serviços prestados pelo hospital”, disse Michele Caputo.

Saúde e educação – O Instituto Santa Pelizzari, fundado em 2017, é uma associação filantrópica e beneficente de assistência à saúde, de caráter educacional que tem por finalidade atender a todos, sem distinção em nível ambulatorial e hospitalar a todos.

Na área educacional, o hospital serve de campo de instrução e orientação sanitária para estudantes da área da saúde.

O hospital se prontifica a participar das políticas e dos planos de saúde para a comunidade, desenvolve e aperfeiçoa as atividades hospitalares e consequente formação profissional de funcionários e colaboradores.

“O povo do Paraná é muito grato ao que o doutor Ademir Pelizzari e toda a sua equipe já fez em prol da saúde do nosso Estado. Um serviço de saúde de qualidade, que conheço pessoalmente e contribuiu muito também para enfrentarmos este momento de pandemia”, reiterou o deputado.

A Assembleia Legislativa do Paraná se une a uma ação global da Ubuntu Global Network, em homenagem a Nelson Mandela. Nesta quinta-feira, 18, aniversário do líder sul-africano, é também a data reconhecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas como o Dia Internacional Nelson Mandela.

Os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB) e Goura (PDT) apresentaram  projeto de lei que denomina Ponte do Arco – Nelson Mandela a ponte localizada na Avenida Dom Pedro II, trecho da Estrada da Graciosa, em Quatros Barras.

“No Dia Internacional Nelson Mandela, diversas pontes ao redor do mundo serão batizadas com o nome deste humanista, defensor dos direitos humanos, promotor da reconciliação entre os povos, construtor de pontes. O Paraná também faz parte desta ação e desta homenagem, reconhecendo o trabalho e dedicação do líder sul-africano que lutou pela igualdade entre negros e brancos na África do Sul”, justifica Romanelli.

O deputado acrescenta que a homenagem se estende também aos engenheiros de Rebouças e a todos aqueles que são vítimas de quaisquer preconceitos racial. “Homenageamos também todas as pessoas que são vítimas de preconceito racial e nos solidarizamos com todas elas. Por que todos somos iguais, e todos merecem o nosso respeito”.

Nelson Mandela — 
A história de luta de Nelson Mandela pela igualdade entre negros e brancos rendeu-lhe reconhecimento mundial. Tanto que a causa do líder sul-africano ganhou as telas de cinemas em todo o planeta.

Rolihlahla Mandela (1918-2013) nasceu entre o clã Madiba, na pequena aldeia de Mvezo. Foi renomeado Nelson na escola, segundo o costume de dar nomes ingleses aos alunos. Em 1939, ingressa em Fort Hare, primeira universidade do país a aceitar negros. Dois anos depois parte para Joanesburgo, iniciando o curso de Direito pela Universidade de Witwatersrand, onde se tornou advogado e fundou a Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano – movimento e partido político que defende os direitos da população negra.

Posteriormente, foi considerado um dos mais importantes líderes da resistência contra o apartheid, regime de segregação racial implantado na África do Sul a partir de 1948. Em 1955, ajuda a fundar o Congresso do Povo (ou Aliança do Congresso), uma organização suprapartidária que buscava unir todos os não brancos vitimados pelo racismo.

Romanelli conta que a instituição Congresso do Povo que Mandela ajudou a fundar foi a responsável pela redação de um documento fundamental na luta contra o apartheid, a Carta da Liberdade. “Além da igualdade de direitos para todos os cidadãos sul-africanos, a Carta defende a reforma agrária, a melhoria das condições de vida e trabalho, justa distribuição de renda e a obrigatoriedade do ensino público, lutas pelas quais nós, parlamentares, também lutamos e defendemos para o povo paranaense”, explica.

Homenagem — A Ponte do Arco está localizada na Avenida Dom Pedro II, trecho da Estrada da Graciosa, distante 13 km do centro de Quatro Barras.

A ponte tem cerca de 20 metros e faz a travessia sobre o rio Taquari. É conhecida por conter concreto formando belos arcos, marco característico da ponte e uma rota turística do estado do Paraná.

O local encontra-se no início da área de preservação ambiental da Serra do Mar e atrai viajantes, cicloturistas, visitantes e adeptos das corridas e caminhadas, atraídos pela bela paisagem campestre e mata atlântica, com as exuberantes araucárias que integram a cultura local.

Prisão — Nelson Mandela passou 27 anos na prisão, de 5 de agosto de 1962 a 11 de fevereiro de 1990. Antes disso, foi preso diversas vezes, viveu por anos na clandestinidade e aderiu à luta armada (após o Massacre de Sharpeville, em 1960).

Ele ganhou a liberdade depois de uma longa e ampla campanha internacional. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993. No ano seguinte, foi eleito presidente da África do Sul. Em seu governo foi criada a Comissão da Verdade e da Reconciliação, um novo hino nacional, uma nova bandeira e uma nova Constituição para todos os sul-africanos.

Madiba (nome de seu clã) ou Tata (que significa “Pai”), como Mandela é conhecido na África do Sul, morreu em Joanesburgo, em 5 de dezembro de 2013.

“Esta homenagem a Nelson Mandela, que nos dá também a oportunidade de ressaltar outra vez a importância dos engenheiros Rebouças para o estado, se presta não apenas a recordar o passado, como também nos faz lembrar que o racismo é ainda hoje, infelizmente, algo a ser combatido. Para que entre os povos se construam pontes, não muros”, disse Romanelli.

Michele Caputo (PSDB) defende o decreto estadual que determinou a quarentena restritiva em sete regionais do estado (ampliado para oito com a inclusão do Litoral). Segundo o deputado, o decreto estabelece critérios claros e prevê revisões periódicas, de acordo com a situação da pandemia de Covid-19 em cada região. Coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus, Caputo promoveu, na última quinta-feira, debate entre a Sociedade Brasileira de Infectologia e o grupo de médicos que defende o tratamento precoce à Covid-19 com o uso de hidroxicloroquina o ivermectina. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele explica o objetivo do debate:

Como coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus, o senhor promoveu um debate sobre uma proposta de tratamento precoce da Covid-19 com drogas que ainda não tiveram comprovação científica de eficácia. Como farmacêutico, qual a sua posição sobre esse uso da hidroxicloroquina ou do ivermectina já nos primeiros sintomas ou mesmo como profilaxia da doença?

Eu como farmacêutico, gestor de saúde, ex-secretário, e, agora, como deputado eleito pelo setor de saúde, respeito demais a opinião da sociedade científica e da área médica, e não é só a infectologia, a pneumologia também tem posição muito parecida com a infectologia (contrária ao uso das drogas enquanto não há comprovação científica de sua eficácia e segurança). Mas essa questão do tratamento precoce é algo que tomou uma grande proporção e precisava ser debatida na Assembleia. Tem centenas de médicos pelo Paraná que apoiam. Eu respeito a relação médico-paciente. Mas eu percebo que muitos que defendem esse tratamento precoce estão lutando por uma generalização que eu acho que é muito perigosa. Os médicos são obrigados, principalmente quando a medicação não tem eficácia comprovada, de dizer para o paciente os riscos todos, isso não pode virar protocolo. Além disso, dinheiro que está sendo gasto com algo que é muito discutível (já há prefeituras distribuindo esses medicamentos), poderia ser aplicado em outras questões. Eu vejo que tem muita gente dando razão para as mídias sociais, ao invés de se preocupar com questões científicas

“A Assembleia se reinventou completamente para enfrentar o coronavírus”, afirma o presidente Ademar Traiano

Desde a gripe espanhola (1918-1920), há 100 anos, o planeta não enfrenta uma pandemia tão devastadora e mortal quanto a do coronavírus. Desde que a creconheceu, em 11 de março, que a covid-19 é uma pandemia mundial, o mundo tem 9,5 milhões de infectados e quase 500 mil mortos.

Nesta entrevista exclusiva a ADI, o deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa, avalia o trabalho dos 100 dias de trabalho de pandemia. “A Assembleia se reinventou completamente para enfrentar essa ameaça. Desde 18 de março realizamos um remanejamento drástico de pessoal, afastamos os funcionários que integram os grupos de risco, que passaram a atuar em home office”.

Traiano destacou ainda as leis aprovadas pela Assembleia Legislativa. “Algumas delas, como uso obrigatório de máscaras de proteção em todos os ambientes públicos, da qual sou um dos signatários, foi aprovada pioneiramente na Assembleia. A medida foi copiada no Brasil inteiro e já foi aprovada na Câmara Federal”.  

Entre os projetos aprovados, o deputado destaca ainda a criação do cartão comida boa, o repasse de R$ 37,7 milhões para contratação de leitos para tratamento da covid-19 e a aprovação de um crédito especial de R$ 320 milhões para saúde.

Os prejuízos econômicos são impossíveis de calcular com a doença em curso, mas todos sabemos que eles serão catastróficos. Como a Assembleia Legislativa, comandada pelo senhor, se posicionou para enfrentar esse gigantesco desafio? Qual seu balanço da ação da Assembleia durante esses 100 dias de pandemia?
Ademar Traiano – O vírus da gripe espanhola se deslocava de navio e trem a carvão. O coronavírus viaja em jatos comerciais capazes de dar a volta ao mundo em horas. Sob alguns aspectos o desafio que enfrentamos é maior do que aquele do início do Século passado. Contamos, é verdade, com um grande avanço científico em relação a 1918, mas a ciência ainda está nos devendo uma resposta objetiva a esse desafio na forma de uma vacina ou um medicamento inquestionavelmente eficaz contra essa doença.

O balanço que faço da ação da Assembleia do Paraná, no entanto, é muito positivo. A Assembleia se reinventou completamente para enfrentar essa ameaça. Desde 18 de março realizamos um remanejamento drástico de pessoal, afastamos os funcionários que integram os grupos de risco, que passaram a atuar em home office. O nosso departamento de TI conseguiu viabilizar rapidamente um sistema que tornou possível retornarmos às sessões de forma remota, preservando os deputados de riscos de contágio, que seriam muito grandes em sessões presenciais. Dessa forma o nosso Parlamento foi um dos primeiros a voltar a funcionar de forma segura, o que nos permitiu que fossem votadas e aprovadas matérias importantíssimas para o combate ao coronavírus.

O senhor pode falar um pouco sobre as leis aprovadas pela Assembleia para combater a pandemia?
Ademar Traiano – Sem dúvida. Algumas delas, como uso obrigatório de máscaras de proteção em todos os ambientes públicos, da qual sou um dos signatários, foi aprovada pioneiramente na Assembleia. A medida foi copiada no Brasil inteiro e já foi aprovada na Câmara Federal. Uma das poucas certezas que temos sobre essa doença é a de que o uso da máscara é comprovadamente eficaz para reduzir o contágio. Quando a Assembleia do Paraná aprovou essa lei, em abril, a própria OMS ainda era um tanto reticente com relação a essa eficácia. Alguns falavam que a máscara só deveria ser usada por doentes e profissionais de saúde.

Também foram aprovados, com tramitação rápida projetos de grande importância social, como aquele que proíbe o corte de luz, água e gás durante a pandemia. Cientes que a crise sanitária provocaria dispêndios financeiros gigantescos por parte do Estado, o Parlamento decidiu dar sua contribuição. A Assembleia, com o voto favorável de todos os deputados, repassou uma verba própria de R$ 37,7 milhões para o Fundo Estadual de Saúde. Esse dinheiro foi usado para a contratação de 1500 leitos, sendo 600 de UTI, além de 900 de enfermaria, além da compra de Equipamentos de Proteção Individual para profissionais de saúde.

Nos últimos cem dias a ação da Assembleia tem se voltado prioritariamente a medidas de combate ao coronavírus?
Ademar Traiano – É a nossa grande prioridade. Matérias sobre o tema tramitam com rapidez e decidimos cancelar o recesso de julho para que pudéssemos manter a prontidão e a capacidade de apreciar matérias urgentes que venham a ser propostas pelo governo para enfrentar o coronavírus.

Desde o início da pandemia a Assembleia Legislativa do Paraná já aprovou 31 projetos relacionados diretamente ao enfrentamento do coronavírus no estado. Além do uso obrigatório de máscaras, da proibição do corte de luz, água e gás, também proibimos os planos de saúde de cobrarem taxas adicionais por exames e consultas e determina que carrinhos e cestas de compras, comandas e as máquinas de pagamento sejam esterilizadas. Já a Lei nº 20.239/2020 obriga a disponibilização de antisséptico para higienização de assentos em banheiros de uso coletivo.

O senhor considera que muitas dessas medidas deverão perdurar mesmo vencida a pandemia?
Ademar Traiano – Sem qualquer sombra de dúvida. A Força Estadual da Saúde do Paraná, por exemplo, criada pela Lei nº 20.240/2020, dará suporte às ações emergenciais em epidemias, pandemias e catástrofes com a implantação de um cadastro permanente de profissionais da saúde que poderão ser convocados para atuar em situações excepcionais.

A notificação imediata de casos suspeitos e confirmados de doenças de notificação compulsória por parte de laboratórios e farmácias ficou estabelecida na Lei nº 20.213/2020. São exemplos de legislação que vão se manter úteis e necessárias mesmo após superada a doença.

Que medidas econômicas o senhor destacaria no apoio às pessoas e setores da economia afetados pela pandemia?
Ademar Traiano – Na área econômica, foi criado o auxílio emergencial Cartão Comida Boa com a aprovação da Lei nº 20.172/2020. Micro, pequenos e médio empreendedores do Paraná e também os municípios foram beneficiados com a Lei nº 20.164/2020, que autoriza apoio financeiro com a abertura de linhas de crédito especiais. Já a Lei nº 20.165/2020 garante o aporte de R$ 35 milhões para apoio a cooperativas produtores rurais e agroindústrias. A utilização dos recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza foi ampliada com a Lei nº 20.171. Funcionários terceirizados do estado têm emprego garantido durante a pandemia pela lei nº 20.170.

A Lei nº 20.188/2020 permitiu um reforço de R$ 319 milhões no caixa da Saúde. A Assembleia Legislativa do Paraná repassou R$ 37,7 milhões para o Fundo Estadual da Saúde com a Lei Complementar nº 221/2020 e a Defensoria Pública destinou mais R$ 8 milhões pela Lei Complementar nº 220/2020. Outros R$ 5 milhões saíram do Fundo Especial do Ministério Público com a aprovação da Lei nº 20.162/2020. O estado de calamidade pública no Paraná foi reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 1/2020. Outros 12 decretos legislativos já aprovados também reconhecem a calamidade pública em 303 municípios do Estado.

A Assembleia Legislativa do Paraná tem procurado interagir com a sociedade como com o aplicativo premiado “Agora é Lei”, programas como o “Assembleia no Enem”, “Geração Atitude” e “Parlamento Universitário”. Durante a pandemia essa relação tem sido possível?
Ademar Traiano – Sim. Temos ampliado as formas de comunicação com a população por meio da TV Assembleia, que agora é transmitida no canal aberto 20.2 e ainda com a realização de campanhas educativas sobre a importância das medidas de prevenção, como o uso da máscara e o distanciamento social. Todo a estrutura da Assembleia está focada em ajudar o Paraná a superar esse momento tão difícil que estamos vivendo.

A Assembleia Legislativa instalou nesta quarta-feira (1º de julho) a Frente Parlamentar do Coronavírus que vai acompanhar as ações e respostas no enfrentamento à covid-19 e focar sua atuação em três pontos: sanitário, econômico e social. “A Frente se instala em um momento importante. Temos que começar a pensar no pós-pandemia e em questões de ordem econômica e sanitária. Por isso criamos este espaço com discussões virtuais para que possamos fazer um grande debate”, disse o deputado Michele Caputo (PSDB), coordenador da frente parlamentar.

Os três segmentos foram divididos em áreas como saúde, segurança, educação, agricultura, defesa civil, retomada da economia, mobilidade, mulher e pessoas em estado de vulnerabilidade, entre outras.

Segundo Michele Caputo, a frente vai articular e ouvir as demandas dos diversos setores da sociedade atingidos pelos efeitos da pandemia, além de discutir e propor novas medidas para reduzir o impacto da doença na saúde dos paranaenses.

Plano de recuperação – Entre outros objetivos estão também o de elaborar proposições legislativas, de formar parcerias com representantes da comunidade científica, de divulgar informações úteis para o combate da pandemia e de auxiliar na elaboração de um plano de recuperação econômica.

Na primeira reunião do grupo, realizada por meio de videoconferência, foi definido que uma deputada vai assumir a vice-coordenadoria, com o nome a ser divulgado posteriormente. Os membros aprovaram ainda o regimento e definiram a atuação de trabalho da frente parlamentar dividida em 11 áreas. Cada uma delas terá um parlamentar como subcoordenador. Por enquanto, o grupo conta com a participação de 23 deputados.

Michele Caputo adianta que a frente também vai elaborar proposições legislativas que aprimorem a resposta do Estado à pandemia, além de encaminhar propostas e recomendações aos entes federais, estaduais e municipais que auxiliem na resposta ao enfrentamento da covid-19.

A Frente se reunirá a cada quinze dias. O próximo encontro está marcado para a quarta-feira (15), às 10 horas.

Participações – Diversos deputados deram contribuições para o trabalho do grupo. Os deputados Subtenente Everton (PSL) e Reichembach (PSC) lembraram a dificuldade por que passam pequenos empresários com a pandemia. Já a deputada Mabel Canto (PSC) disse que muitas mulheres estão sofrendo neste período, como a falta de acesso ao pré-natal, por exemplo.

O deputado Professor Lemos (PT) comentou sobre a situação dos trabalhadores da área da educação, que continuam se deslocando até os colégios. Já Emerson Bacil (PSL) lembrou a importância do auxílio da ciência e tecnologia no combate à pandemia. Além deles, também participaram da reunião os deputados Soldado Fruet (Pros), Arilson Chiorato (PT), Luciana Rafagnin (PT), Tercílio Turini (CDN), Delegado Jacovós (PL), Maria Victória (PP), Nelson Luersen (PDT) e Alexandre Amaro (Republicanos).

Legislativo – A Assembleia Legislativa já aprovou 31 projetos relacionados diretamente ao enfrentamento do coronavírus. A lei 20.189 tornou obrigatório o uso da máscara em ambientes coletivos. O corte de luz, água e gás está proibido durante a pandemia pela lei 20.187, que também proíbe os planos de saúde de cobrarem taxas adicionais por exames e consultas e determina que carrinhos e cestas de compras, comandas e as máquinas de pagamento sejam esterilizadas. Já a lei  20.239 obriga a disponibilização de antisséptico para higienização de assentos em banheiros de uso coletivo.

A Força Estadual da Saúde do Paraná, criada pela Lei nº 20.240 dará suporte às ações emergenciais em epidemias, pandemias e catástrofes com a implantação de um cadastro permanente de profissionais da saúde que poderão ser convocados para atuar em situações excepcionais. A notificação imediata de casos suspeitos e confirmados de doenças de notificação compulsória por parte de laboratórios e farmácias ficou estabelecida na lei 20.213.

Na área econômica, foi criado o auxílio emergencial Cartão Comida Boa com a aprovação da lei 20.172/2020. Micro, pequenos e médio empreendedores do Paraná e também os municípios foram beneficiados com a lei 20.164, que autoriza apoio financeiro com a abertura de linhas de crédito especiais. Já a lei nº 20.165 garante o aporte de R$ 35 milhões para apoio a cooperativas produtores rurais e agroindústrias. A utilização dos recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza foi ampliada com a lei 20.171. Funcionários terceirizados do estado têm emprego garantido durante a pandemia pela lei nº 20.170.

A lei 20.188/2020 permitiu um reforço de R$ 319 milhões no caixa da Saúde. A Assembleia Legislativa do Paraná repassou R$ 37,7 milhões para o Fundo Estadual da Saúde com a lei complementar 221 e a Defensoria Pública destinou mais R$ 8 milhões pela lei complementar 220. Outros R$ 5 milhões saíram do Fundo Especial do Ministério Público com a aprovação da lei 20.162.

O estado de calamidade pública no Paraná foi reconhecido pelo decreto legislativo nº 1/2020. Outros 12 decretos legislativos já aprovados também reconhecem a calamidade pública em 310 municípios. A lei 20.205 estabeleceu que igrejas e templos se enquadram como atividade essencial em períodos de calamidade pública.

Para que tudo isso fosse possível, a Assembleia Legislativa adotou a votação remota por meio da resolução 2/2020 e implantou o teletrabalho para os servidores com a resolução 3/2020. Também tem ampliado as formas de comunicação com a população por meio da TV Assembleia, que agora é transmitida no canal aberto 20.2 e ainda com a realização de campanhas educativas sobre a importância das medidas de prevenção, como o uso da máscara e o distanciamento social.

O deputado Fernando Giacobo (PL) confirmou nesta quarta-feira, 1º de julho, o convite ao deputado Marcel Micheletto (PL) para assumir a Secretaria de Administração e Previdência do Paraná feito pelo governador Ratinho Júnior. Micheletto vai se licenciar da Assembleia Legislativa e em seu lugar, o ex-vereador Gugu Bueno (PL),.

Reinhold Stephanes deixa o comando da Secretaria de Administração e Previdência para assumir a presidência da Agepar – Agência Reguladora do Paraná. Vai comandar a licitação do novo sistema de pedágio no Paraná. Os contratos com as atuais concessionárias de pedágio vencem em 2021.

“O Partido Liberal vem ganhando cada vez mais força com nomes importantes e grandes lideranças locais no cenário político paranaense. Com o licenciamento de Micheletto o ex-vereador de Cascavel, Gugu Bueno, será o mais novo parlamentar na Assembléia Legislativa. A região oeste se fortalece ainda mais junto ao governo estadual e só tem a ganhar com Gugu Bueno na Assembleia e a nomeação de Marcel Micheletto no secretariado do governo Ratinho Junior”, disse Giacobo.

Em julgamento realizado na noite de segunda-feira (29), o Superior Tribunal de Justiça colocou fim ao questionamento sobre a eleição, pela Assembleia Legislativa, de Fabio Camargo para o posto de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), ocorrida há quase sete anos. Em voto proferido pela ministra Assusete Magalhães, o STJ negou provimento a recurso em mandado de segurança contra acórdão do Tribunal de Justiça do Paraná, proposto por Max Schrappe, que declarou a legitimidade do processo de escolha realizado pela Alep. Leia mais em Bem Paraná.